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01/09/2014
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"Os sete inimigos do cérebro" |
O Dr. Leandro Teles, neurologista da Universidade de
São Paulo (USP), explica que "o funcionamento cerebral não é linear e,
como todo sistema complexo, ele é sujeito a falhas e a imperfeições. Por isso,
cabe a cada um reconhecer na sua vida os determinantes da baixa eficiência,
tornando o sistema mais confiável". Para isso, ele numerou sete desses
hábitos que alteram o funcionamento e justificam lapsos ou redução de
produtividade. Confira!
1. Falta de sono: o hábito de dormir pouco pode atrapalhar o processo cerebral, uma vez que
é durante o sono que o cérebro consolida as memórias do dia que passou,
organiza o pensamento e exercita a criatividade (sabe os sonhos? Então). Além
disso, prepara o cérebro para as atividades do dia seguinte. Por isso, quando
dormimos mal o rendimento cai logo no dia seguinte, ocorrendo o declínio franco
da concentração, da memória e alterações intensas do humor.
2. Sedentarismo: a atividade física age no sistema nervoso central
reduzindo a ansiedade, derrubando os níveis de cortisol e adrenalina,
estimulando a formação de redes dentro do hipocampo (região responsável pela
memorização) e melhorando o sono. Ou seja, a falta dela remete aos mesmos
problemas de falta de sono, que comprometem a atividade cerebral de semelhante
maneira.
3. Rotina: pode
não parecer óbvio, mas a rotina é um inimigo importantíssimo. Ela automatiza os
processos mentais e, dessa maneira, realizamos diversas atividades sem perceber
e deixamos de pensar, perdendo uma chance de exercitar os neurônios. Trabalhos
repetitivos, relações interpessoais que caíram na mesmice, falta de projetos,
planos, metas, tudo isso leva a uma preguiça cognitiva. Por isso sempre somos
estimulados a buscar coisas novas, desafios: para alimentar o cérebro de
vivencias intelectualmente mais interessantes.
4. Sobrecarga mental: a privação de estímulos que a rotina provoca é tão
prejudicial quanto a sobrecarga de informações. O cérebro tem uma capacidade
limitada de lidar com afazeres simultâneos e se ultrapassarmos essa capacidade,
teremos consequencias: esquecimentos, desatenção e baixa no rendimento.
Portanto, faça cada coisa no seu tempo e se desconecte do mundo ao resolver
problemas importantes e específicos.
5. Ansiedade: a ansiedade cria pressão antecipatória para eventos
posteriores, um dimensionamento patológico do grau de complicação, etc. Os
ansiosos são frequentemente desatentos e cometem lapsos pois estão projetando
sua mente para o futuro e não estão focados no presente. O ideal é combater a
ansiedade com medidas comportamentais.
6. Desorganização: você facilita muito o trabalho cognitivo se for uma
pessoa organizada. Trabalhar em ambientes apropriados, gerenciar o tempo,
estipular prioridade, delegar tarefas com inteligência, manter um certo padrão
aonde guarda as coisas, o jeito que destaca o que é mais relevante, manter a
fácil aceso aquilo que é usado com maior urgência ou frequência, etc. Tudo isso
libera seu cérebro para se engajar no processo cognitivo superior, como a
criatividade, raciocínio lógico, previsão de resultados, etc.
7. Vícios e alimentos: reduza o consumo de álcool e nicotina e tenha
cuidado com medicamentos para tontura, náuseas, relaxantes musculares e
remédios para dormir sem orientação médica (eles podem atrapalhar todo o processo
mental). Evite o excesso de estimulantes como cafeína, pois o exagero pode até
deixá-lo ligado, mas, paradoxalmente, mais desfocado e menos produtivo. Evite
excessos alimentares, coma várias vezes ao dia e prefira alimentos de fácil
digestão. Também evite trabalhar e estudar com fome. Ou seja, evite os
excessos, quaisquer que eles sejam.
Fonte: https://br.mulher.yahoo.com Fotografia: Thinkstock
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