“Bom, em primeiro lugar, ele criaria uma logo ou uma identidade visual superdiferente para ter uma marca. Afinal, de tanto ativar marcas e tornar tangível valores, ele iria querer ter uma forte que o diferenciasse.
Depois, creio, a partir do guideline criado, escolheria a cor do uniforme pra ficar pertinente. O uniforme seria mais discreto, talvez bicolor mesmo, mas usando o branco como base pra parecer mais clean. Acho que, ao invés de duendes, teria recepcionistas trilíngues a auxiliá-lo para evitar problemas de comunicação e dar um up grade na recepção e atenção às pessoas.
Ah!, mesmo tendo que ser abrangente, entendo que escolheria um lugar de aparição para ‘estartar’ e divulgar seu evento, tipo inaugurar o Natal sacou? Faria blitz e um samplig de saquinhos surpresas, algumas ações de guerrilha, uns flash mobs nos principais centros urbanos com trilha sonora digital, cenografia e efeitos especiais com renas metálicas descendo do céu em projeções mapeadas.
Faria parcerias para Promoções nas Lojas de Departamento. Um perfil no Face e no Twitter para o pessoal curtir e seguir as novidades. Ah!, e faria uma Campanha de Incentivo, iniciando em março de cada ano, pra não concorrer com o Carnaval, claro, com pequenos prêmios ao longo do ano, fechando no dia 25, com um tremendo Megaevento de fechamento pra quem vendeu mais paz e amor, durante o ano, fazendo eventos com preocupação socioambiental ou crowdfudings que ajudassem a construir um mundo melhor.
O Show do dia 25 seria inovador como falei, mas, por questão de pertinência e adequação ao cliente, colocaria em evidência que tudo foi feito, de fato, para homenagear o grande aniversariante do dia, ou seja, o cliente fica em evidência. Daí, haveria um parabéns pra você, seguido de uma confraternização, com cada um dando as mãos ao companheiro, concorrente, adversário, sabendo que todos somos Promocitários e que mesmo com realidades e disciplinas diversas, cores, crenças e valores diferentes, sabemos muito bem que o nosso ideal busca integração e relacionamento.
Enfim, ele trocaria o oh, oh, oh por um checklistou, ou, ou. Ao invés de presentes, daria gifts de lembrança, pra se fazer lembrado por seu target, nós, o ano inteiro, em seus valores mais primordiais. E, então, no dia 25, em transmissão nacional do maior evento desse País, o bom velhinho, promocitaria de vez, cantando o “Quero ver você não chorar, não olhar para trás e se arrepender do que faz…” como hino de congraçamento, presente de um publicitário, a dizer que todos nós fazemos Comunicação num mercado que ainda não entendeu que acreditar em Papai Noel é válido. Especialmente importante pra gente que vive de festa, encontros, gente e emoção. Pra quem escolhe a roupa, marca, jeito de se comunicar e faz, como ação, um show de alegria, criatividade e produção, superando a descrença de quem não tem fé.
Checklistou, ou, ou ou e um Feliz Natal pra todos e um 2012 Promonovo pra vocês, galera. E não se assustem se nos seus sonhos de Natal Papai Noel for desse jeito, porque somos nós mesmos é que fazemos o nosso Natal.
Ps.: Se algum engraçadinho disser que esse texto é autobiográfico… bom… vou morrer de rir e informar que estou fazendo dieta e não uso vermelho, mas toparia a personagem, desde que eu escrevesse o roteiro, e a festa fosse feita só por gente Promo, Produtores, Criativos, Planejamento e essa galera maravilhosa do Marketing Promocional. Com isso eu saberia que o Natal seria um sucesso!”
Autor: "Tony Coelho, carioca, é professor universitário, palestrante e um dos criativos mais premiados do mercado promo. Dono e fundador da Conceito, criou para agências como Matriz Brasil, Biruta, Fagga, Doctor Propaganda, N2, Cobram, dentre outras, atendendo a clientes como Coca-Cola, TIM, Vale, Petrobras, Air France, etc. É o responsável pelo Promocitários, o novo "ponto de encontro" das discussões sobre marketing promocional, espaço voltado para alunos de Comunicação e Marketing, profissionais do mercado promo e clientes, e quem mais quiser saber porque nos autointitulamos, com propriedade, Promocitários."