Ah! Mar!
Tão grande!
Tão gigante!
Quero te cantar
Neste instante!
Eu te navego só,
Enquanto escuto o carimbó!
Mar de tantas dores,
Tantos amores,
Exploradores,
Pescadores,
Navegadores.
De Camões
E de Pessoa.
De onde pescam peixes
E camarões.
Mar de tantas coisas boas!
Mar onde desembocam tantos rios,
Mar de desafios,
De tantos navios,
De mitológicas sereias,
Na praia molhas a areia.
Tuas ondas batem nos rochedos,
Quantos marujos na tormenta
Tiveram medo,
Antes que o cabo fosse da Esperança?
Será que hoje em dia,
Quando tu mar estás em tua rebeldia,
O medo ainda os alcança?
Quantos pais
Deixaram de ver suas crianças?
Quantos náufragos pereceram sem socorro?
Eu te percorro
Com meus versos,
Como se fosse eu o navegante.
Contemplo o universo,
Sou Odisseu
Desafiando Poseidon.
Ouço os sons,
Das baleias jubarte,
Um navio agora parte
Em algum lugar...
Será que houve mesmo mares
Em Marte?
Já revelaram tantas coisas as sondas!
Mar de tantas ondas,
O poeta te navega em sua arte!
Márcio Rodrigues
24/07/13