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CONTO - REAL E SOBRENATURAL - IRMÃ CLARA
Descrição: (cris )

 

         A história que irei relatar agora se passou no dia dois de novembro de 1979 quando eu tinha por volta de 12 anos.

            Eu havia ido passar o feriado na casa de minha madrinha. A manhã correra tudo bem. À tarde, às 15 horas, nos reunimos como de costume toda vez que íamos até lá e decidimos jogar "ping pong". Arrumamos a mesa na rua. E beleza ! quando já apontavam às 18 horas, estávamos todos ainda reunidos e entretidos com o jogo. Eis que, de repente surgiu uma moça muito bonita, ainda jovem, bem clara, olhos castanhos, sem pintura alguma no rosto, suas vestes simples, de cores branca e cinza e um pequeno e delicado véu sobre sua cabeça. Muito educadamente perguntou:

-“Boa noite crianças, vocês sabem onde mora seu Ricardo?”

Eis que os filhos de Ricardo, Lais e Junior, estavam conosco a jogar "ping pong". Laís respondeu:

- “É ali naquela casa verde, mas ele viajou, foi fazer iluminação aos mortos. Sou filha dele, a senhora pode deixar recado que darei quando ele voltar.”

A esta altura, havíamos parado de jogar e ficamos observando tudo, curiosos para saber que recado seria. rsrs ! ela olhou Laís com um ar de carinho e disse:

“Entregue este envelope ao seu pai, só a ele e não o abra”

Lais então perguntou à moça:

-“A senhora conhece meu pai. Por que eu nunca a vi por aqui?”

Ela olhou fixamente Laís e disse:

“- Sim de muito longe. Éramos amigos de infância”

Lais perguntou:

-“Como a senhora se chama?”

-“Irmã Clara”.

Disse a estranha e foi saindo. Ficamos olhando, quando ela chegou antes da esquina, ela sumiu.

-“Ai ai a ia ia !”.

Todos gritamos e corremos juntos para a casa de Laís. Passado o susto a curiosidade bateu fundo, risos . E Laís abriu o envelope. Havia escrito assim:

- “Cardinho não faças a próxima viagem à ilha, aconteça o que acontecer”

-“Quando seu Ricardo retornou da viagem e soube do acontecido ele disse:

“Não conheço ninguém com este nome. Muito menos ainda noviça, freira, sei lá o que for. E também não tinha planos de viajar tão cedo pois acabei de chegar de viagem. “

A ilha era no Marajó (Cachoeira do Arari), onde morava seus familiares, irmãos etc.. Ele pôs o envelope em uma gaveta e deixou lá.

Depois de dois meses do acontecido, todos haviam esquecido, menos Laís.

Certa tarde, alguém liga para sua casa dizendo que seu irmão João, primogênito da família, havia sofrido um acidente grave caindo de um cavalo e estava só esperando sua hora e queria vê-lo antes de morrer. Ele ficou enlouquecido, pois adorava o irmão. Mandou comprar a passagem. A viagem seria às 17 horas. Laís lembrou da moça e pediu que seu pai não viajasse. Mas foi tudo em vão. Ele iria quando chegasse do trabalho. Laís teve uma ideia: rasgou a passagem ao meio !

Quando seu pai chegou do trabalho para se arrumar para viagem, teve uma surpresa desagradável. Percebeu a passagem rasgada e ficou muito bravo na hora. Desconfiou de Laís deu umas palmadas, pondo-a de castigo e colou o papel na esperança de embarcar, pois naquela época viagens para a ilha só em 2 dias na semana.

Ao chegar no porto, o navio já havia saído. Voltou pra casa e brigou com Laís dizendo que se seu irmão morresse sem vê-lo seria sua culpa. À noite, enquanto jantava, ouviu uma notícia no rádio sobre um navio, o mesmo que ele perdera. Havia naufragado e poucos sobreviveram. Ele deu um salto da cadeira, correu para o quarto de Laís e pediu desculpas por ter feito o que fez com ela.

Passando umas semanas, seu irmão ficou bem de novo. Quando chegou o mês de férias, ele foi até à ilha com sua família. Depois de uma semana por lá, Laís pediu ao seu pai para ver onde ele havia estudado quando pequeno. Seu Ricardo levou a menina à escola, que estava muito mudada e bonita. Laís foi vendo tudo. No fundo havia um lindo jardim ao lado da capelinha da escola. Em certo momento, repentinamente, Laís deu um grito:

-“Paiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii !”

Seu Ricardo, que conversava com Damião, o vigia da escola, foi correndo até a menina

-“O que foi Laís ?”

E ela ficou dizendo:

“Olha pai ! esta é a moça do envelope !”

Havia uma estátua bem na porta da capelinha. Era de uma freirinha: a irmã Clara ! Uma plaquinha também dizia o dia de seu nascimento e morte, com uma linda homenagem a ela.

Seu Ricardo disse não lembrar da moça e nunca havia conhecido uma freira com este nome.

Damião disse que Clara, na verdade, era Inês. Era aluna dessa escola na sua época. Depois que virou freira mudou seu nome para Clara.

Seu Ricardo perguntou se tinha alguma foto da época na escola.

Mas Damião não sabia dizer. Disse apenas que clara havia saído de lá para o convento ainda jovem depois voltou e foi professora da escola. Na época havia um rapaz, era pedreiro na escola e ex aluno, muito tímido, jovem, calado e se apaixonou por irmã Clara, ficou louco por ela. Porém, ela nunca havia dado o tipo de atenção que ele esperava .

Certo dia, quando Clara retornava para a casa paroquial onde morava, foi atacada pelo rapaz, foi violentada e morta. Ele porém deixou seu corpo nu jogado na mata. A polícia nunca havia descoberto seu matador. O tempo passou e 3 anos depois o dito rapaz foi chamado a fazer um trabalho na escola: uma capela, que ele ajudou a construir.

Para o dia da inauguração o pároco havia mandado fazer uma estátua da freira no lado de fora da capela. Quando o rapaz se deparou com a estátua da irmã, deu um grito, ajoelhou-se chorando muito e, pedindo perdão, confessou seu crime diante da capela cheia de pessoas.

Seu Ricardo ficou pasmo ! Depois veio a descobrir que Inês era uma colega sua da escola, que na sua infância, aos 12 anos, era apaixonada por ele (rsrs). foi uma amiga íntima que confessou a ele. Coisa que antes não sabia.

Seu Ricardo saiu de casa aos 12 anos para estudar e morar com sua tia em Belém. Depois disso Inês decidiu ir para o convento.

Pasmem amigos essa historia foi real ! nunca duvidem daquilo que vocês não conhecem!


 

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