As multidões ensandecidas,
Gritavam enlouquecidas,
Pelos gladiadores.
Que lhes importavam se eles tinham dores,
Ou amores?
O sangue na areia,
O espetáculo e seus atores,
Era a razão da euforia.
Enquanto exerciam seu domínio,
Os imperadores,
E os mais gananciosos senhores.
Lutar !
Triunfar?
Ou morrer?
Quantos dias mais viver?
A glória dos campeões!
A morte dos derrotados!
O orgulho dos Flávios!
As feras devoradoras.
Tu mesmo eras uma fera
Ó Coliseu!
A fera que comeu,
A tantos!
Risos e talvez prantos,
Os jogos,
As diversões,
Os leões.
O que sobrou de ti ,
Não é tudo que tu eras.
Mas quem prestar bem atenção,
Ainda ouvirá,
Os urros das feras,
E os gritos da multidão!
É só fechar os olhos,
E deixar reinar a imaginação.
De Roma ainda imponente monumento,
Restos de um império que a poucos deu muito,
A muitos deu ilusória alegria,
Mas também suor, guerras, sofrimento!
Márcio Rodrigues
18/08/2011