Um dia,
A mulher de verdade,
Descobriria,
A realidade.
Não passaria
Mais fome,
Teria sim
Alguma vaidade.
Amélia era seu nome!
É uma bela morena,
Que viu que não valia a pena,
E mandou pastar.
Cozinhar, varrer, passar,
Enquanto o bonitinho,
Ia passear.
Ele vivia cheio
Dos vinhos,
Saía sozinho
Para com aqueles malandros se encontrar.
Ela na sua agonia,
Ele na orgia!
Até que ela disse:
“Não dá,
Para viver assim!
Vou procurar,
Outro lugar,
Para mim!”
Agora ele tem outra mulher,
Que só quer
Gastar!
Ele sente até sua cabeça coçar!
Que será?
Fica só a lamentar,
Cheio de saudade,
Só que agora é tarde,
Não adianta chorar,
Na mesa do bar.
E se põe a cantar:
“Amélia não tinha a menor vaidade Amélia que era mulher de verdade!”
Márcio Rodrigues
06/10/2013