Não sabes minha amiga
Do fogo que arde em meu peito
E a agonia que meu coração abriga,
Quero te dizer sem ter jeito;
A timidez é minha maior inimiga,
Vencê-la é meu maior desejo.
Pobre de mim ao te ver todo dia ,
Sofro dos pés à cabeça;
Ah! Que bom seria,
Se eu te tivesse só para mim,
Mas o melhor é que eu te esqueça,
Não posso mais sofrer assim.
Despeço-me então de ti,
Amiga e doce donzela,
Tu que és a deusa da esperança,
Tão maravilhosa e bela,
De beleza tão suave e mansa
E de face cândida e singela.
Fico a sós agora,
E posso até morrer;
Pensando nestes últimos momentos
Sei que de mim irás esquecer.
De que te vale o meu sofrimento?
Sem ti que me vale o meu viver?
Márcio Rodrigues
Ano 1983. Aos 15 anos. (Minha primeira poesia)