Ele sai,
Da casa dos pais,
Ele quer ser pintor.
Mas por mais que ele pinte,
Não é bom artista.
Na Grande Guerra realiza,
Sonhos de sangue.
Ao iniciar os anos 20,
Ainda é só mais um na multidão.
Entra no partido nacionalista,
Que prega a discriminação.
Dá um golpe,
Vai para a prisão.
Aproveita o tempo de sobra
Onde escreve sua obra
De ideias insanas.
Sai depois de algum tempo,
Ah! Vislumbres históricos de horrorosos sofrimentos!
Já há muitos heil!
Prenúncio de milhões de ais,
Que virão adiante,
Quando seu país se virá diante
Do poder absoluto de um ditador,
Que um dia já quis ser pintor!
Márcio Rodrigues-17/09/2011