Esta historia aconteceu com um amigo de trabalho do meu irmão.
Seu Zé Maria (Zé), trabalhava de bombeiro e vigilante em um posto de gasolina em Belém. Seu Zé era metido a valentão, mulherengo, como dizem “se achava” (rs). Seu Zé conhecia muita gente. À noite ou de madrugada, sempre havia pessoas que iam lá por gasolina, comprar algo na loja de conveniências, bater papo com ele etc.
Por isso Zé nunca se sentia sozinho. Mas quando chegava o inverno (chuvas), as pessoas pouco iam até lá para abastecer. Eram poucos na madrugada
Um dia chovia muito e ele sozinho dizia:
-“ Poxa! Que chuva! “Que frio!” E pior, ninguém vem aqui comigo, nem mesmo os mendigos do local apareceram hoje.”
Zé Maria não tinha medo de nada, sempre se gabava, zoava dos outros quando diziam que viam vultos e outras coisas no local. Quando perguntavam:
“E aí Zé ? Você sozinho lá não tem medo de ver alguma alma penada? “
Zé dizia: “Que nada rapaz! Sou cabra macho! Tem que ter medo dos vivos, os mortos já estão mortos.”
Numa segunda feira de madrugada, chovia demais desde cedo, dia que ninguém gosta muito de sair na rua e ainda com chuva pior ainda. Ele sentindo- se sozinho, com um frio danado disse:
-“Égua! Ninguém na rua! Nem alma penada! (rsrs) Droga! Com o frio que estou aqui até o diabo se aparecesse aqui de saia disfarçado de mulher eu pegava”.
O tempo passou e ele lá sozinho. Depois de algum tempo, eis que entre os carros que lá ficavam sendo guardados ele ouve um barulho que parecia ser de correntes se arrastando no chão.
Levantou-se foi olhar. O posto ficava na Cremação em Belém do Pará. Ficava bem no meio de duas ruas. Ele olhou entre os carros, não viu nada e quando voltou para olhar o outro lado da rua avistou uma moça sentada em um banquinho que ficava ao lado de sua cadeira. Ajeitou o cabelo e foi lá. Era uma moça alvinha (como diz ele), cabelos longos e loiros, jovem , bonita, vestia um vestido comprido ate o pé, estava toda molhada. Ele chegou e disse:
-“Boa noite moça! Sou Zé Maria, seu criado. (rsrs)”- É assim que barroco se apresenta.
“- Você tá toda molhada quer uma toalha pode adoecer ?”
A moça disse que sim com a cabeça. Ele pegou a toalha todo prosa e disse:
-“Licença moça”.
Enxugou o rosto dela, o cabelo e pôs a toalha em seu ombro e falou:
-“Mas me diga menina, como se chama? O que você faz aqui a esta hora e toda molhada? Você fugiu de casa? Tá perdida ou não sabe onde está? “
Queria dar uma de inteligente( rss). Disse:
-“Você não é sonâmbula saiu e acordou na rua? Foi isso não foi ?”
E começou a passar cantada nela:
-“ Moça você me ouve?”
Ela balançava a cabeça que sim.
“ Por que você não fala? É tímida? Como se chama?”
Ela deu uma gargalhada e disse:
“- Eu não me chamo são os outros quem me chamam”.
Quando ele ouviu isso e olhou para os pés dela havia patas no lugar de pés. Ele achou que era “aleijume” (palavras dele - rs). Mas olhando suas costas, pois ele tava de pé e ela sentada. Ele viu um enorme rabo que balançava de um lado ao outro. Ele deu um grito e quando deu por si já era de manhã e o bombeiro que iria substituí-lo o achou desmaiado e o acordou. Ele acordou assustado e disse:
- Cadê ela? Onde ela foi?”
Todo lesado, contou tudo ao amigo que zoou dele por muito tempo (rsrs), dizendo:
- “ Olha aí! O cara é tão macho, potente, matador (rsrs), que até o capeta queria! (rsrs).
- Foi a deixa para ele deixar de ser mulherengo e assanhado.
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Cuidado com o que você deseja! (rsrs) Palavra tem poder e você pode se dar mal!