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Conto: A mãe de Bernadete
Descrição:

A  história que irei contar aconteceu com uma amiga de minha tia   Bernadete há muitos anos atrás.

Mara era uma moça linda e cheia de vida. Sua família tinha grana. Ela era filha única de fazendeiros e quando fez 18 anos, foi mandada a morar em São Paulo com sua tia Ilda.

Seu pai a queria formada como advogada. Sua mãe, D.Lúcia, ficou desolada, por  ficar longe de sua única filha.

Logo, a moça fez amizades com os jovens do bairro e da faculdade. Mara começou a sair  curtir à noite e a beber muito. Amanhecia na rua e suas notas eram muito baixas.

Sua tia, preocupada,  teve uma conversa longa com ela  e deu um ultimato: Se não  parasse com tudo, iria voltar à fazenda.

Mara melhorou em tudo. Certo dia ela estava na aula quando teve um desmaio e foi levada à enfermaria e medicada. Sua tia pediu que fosse ao medico. A moça disse que não era nada e ficou tudo bem. O tempo passou. Vez ou outra Mara tinha desmaios e dores de cabeça. Mas não dava importância.

Quando já estava no terceiro ano de seu curso, ela conheceu Paulo e ficou louca por ele. Mas ele só queria  saber de estudos. Logo ficaram muito amigos. Até suas notas melhoraram. Depois de começado o namoro após certo tempo começaram os desmaios e  queda de pressão. Sua tia a levou ao médico. A moça descobriu que estava grávida e ficou em pânico. Como iria dar a notícia a Paulo e seus pais. Tinha que fazer algo e rápido .

Sua tia disse: "Diga isso a Paulo ainda hoje. Quanto a seus pais, ligue e peça que venham até aqui em São Paulo. Não se deve dar a notícia por telefone.

Mara ficou a noite toda em claro pensando o que fazer. E, pela manhã chamou sua tia e disse: "Não terei este filho. Ninguém saberá nada. Só a senhora! Quero me formar  e isso iria me atrapalhar".

E Paulo acharia que estou dando o golpe da barriga para casar. Sua tia perguntou: "Quando você fará o aborto Mara?"

Ela disse: "Não sei. Fim de semana eu acho. Assim  descanso para voltar às aulas. Quando Mara saiu para rua, sua tia  chamou Paulo e contou tudo. E aos pais dela por telefone mesmo. Á noite, quando Mara chegou da faculdade, Paulo fez questão de levá-la  em casa.

Chegando lá, deu de cara com seus pais,  que haviam pego o primeiro avião à cidade.

Mara ficou pálida. Não sabia o que fazer e dizer a todos.

Seus pais deram sermões, dizendo: "Você procurou! Aguente! Você ira casar com o rapaz e ter seu filho. Não criei filha assassina. Tenho posses para ajudá-la."

Paulo que já sabia de tudo concordou com o casal. E Mara não sabia se ria ou chorava tamanha surpresa.

Mara continuou estudando e trabalhando. Teve muitos desmaios, mas não ia ao médico. Dizia que era jovem e tinha saúde.

Depois  do casamento, foram morar em um apartamento da faculdade. Mara se alimentava errado não se cuidava direito e ficou doente,  fraca. Com 7 meses de grávida,  sua mãe pediu que fossem morar  na fazenda. Queria que ela tivesse o filho perto dela e cuidaria dela. No último ultra som, descobriram que eram gêmeos duas meninas.

Todos ficaram radiantes com a notícia. Já Mara, não ficou muito entusiasmada, de 8 para 9 meses, Mara piorou muito de saúde. Teve que fazer uma cesariana antes dos 9 meses. Feito o parto, foi muito difícil.  As crianças ficaram no hospital  nasceram com problemas.

Nas primeiras semanas de resguardo, Mara passou muito mal,  foi internada e fez todos os exames. Foi descoberto que ela estava com leucemia. Foi um desespero total da família,  pois se ela tivesse feito tudo certo, teria descoberto antes. O médico marcou logo o tratamento, assim que acabasse seu resguardo.

Mara não pode amamentar os bebês. Ficou muito triste com isso. Ela foi internada  fez tudo o que podia,  mas  não conseguiu se curar. Deu a triste notícia à família.  Só tinha 3 meses de vida.

A família resolveu tirar do hospital  e levar para casa  para ficar com os bebês ate sua hora. Mara perguntou: "Se já tive alta, e estou bem? Mãe, me curei ?"

Sua mãe falou que sim, mas ainda teria que usar remédios.

Todos decidiram não dizer a verdade, assim ela não iria sofrer muito e ficar deprimida, por saber que não teria tempo de criar as filhas.

Passando um mês, Mara sentiu que ainda não estava bem. Pediu uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e um terço, pois queria rezar. Sua mãe que fazia de tudo para disfarçar sua dor começou a proibir  algumas  visitas,  para que Mara não soubesse a verdade. 

Mara rezou e fez uma novena à santa. Pediu que queria um sinal sobre sua saúde. Desconfiava que algo escondiam dela. Se alguém viesse visitar  e desse rosas brancas isso significaria  que estava curada. Mas se fossem amarelas, senão porque ainda teria tempo de deixar as meninas grandinhas mas se fosse vermelhas que morreria logo.

Os dias passaram. Mara contou para mãe  o sinal que havia pedido a santa. Depois da novena, passou-se uma semana e todos que iam visitar não podiam levar flores das tais cores   foi um pedido de sua mãe, para tentar não deixar a filha mal. Mara estava aflita com a demora do sinal.

Quando alguém levava flores vermelhas eram jogadas no lixo antes que a moça vice.

Certo dia lá pelas 18 horas, uma senhora bem vistosa e elegante, de cabelos longos, foi até a porteira, pediu para chamar Mara. Eis que sua mãe foi quem apareceu.

"Olá senhora vim visitar Mara minha filha, que pediu. Elas são muito amigas.

Dona Lúcia percebendo que eram rosas vermelhas contou tudo à desconhecida e pediu desculpas por não poder entregar as rosas.

A senhora entendeu tudo e pediu  só para falar com Mara.

Sua mãe, com medo que contasse algo,  disse que ela estava dormindo  e não iria acordar logo por causa dos remédios .

A senhora se despediu e quando já  estava na porta de saída  dona Lucia  perguntou: "Como a senhora se chama ?"

Meu nome é Marta, sou a mãe de Bernadete, ela é muito amiga de sua filha.

Passando algumas horas Mara perguntou à mãe: "Hoje teve alguma visita ?"

Lucia quase não responde .

Houve mãe. Ouvi uma voz diferente,  com um certo sotaque. Mãe não enrole. Diga!

Sua mãe quase não respondeu. Mas a moça ficou perguntando

Houve sim filha .

Trouxe flores? Qual cor ?

"Sim filha"

Dona Lúcia, fingindo estar feliz, disse que eram brancas lindas.

Mara ficou radiante feliz.

Foi mãe? Mostre-as quero aqui no quarto.

Dona  Lucia disse que daqui a pouco as flores estariam com formigas e que tinha mandado a empregada por na água e no sol.

Mara não cabia em si de alegria. "Mãe". Perguntou ela.

"Diga filha."

Quem as trouxe,  por que não veio até aqui comigo?

"Ah filha! Achei que você dormia e não quis acordá-la."

"Ok. Mas quem foi mãe ?"

"Ah foi a mãe de uma amiga sua, da faculdade". 

"Mãe de Amiga" "Quem?"

Disse que se chamava dona Marta, mãe de Bernadete

Mara gritou: "Bernadete????"

"Sim filha, foi este o nome da filha dela por que?"

"Ah mãe! Porque você mentiu, me enganou?"

"Eram rosas vermelhas  digaa?"

"Dona Lúcia disse: Não filha eram brancas. Por que você diz isso?"

Dona Marta, a mãe de Bernadete já esta morta há  16 anos."

Mara deu um forte grito e morreu.

Obs: Moral da história:

Não se deve esconder a verdade, seja ela qual for

A mentira faz estrago muito grande

O que foi traçado no destino não se muda.
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